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"Eu costumo dizer que o maior prêmio de um escritor é um bom leitor. É para o leitor que um autor escreve. Um leitor que entende, qualquer que seja sua idade, é um presente. Para mim, o importante é que meu leitor se aproxime do que escrevo". Ana Maria Machado
É por vocês, leitores, que meu desejo de escrever se torna mais sólido, mais firme, é por isso que dedico meus fins de semanas e horas vagas relatando as minhas experiências, emoções e, até mesmo, revoltas. Enfim, compartilhando o melhor de mim com vocês, o meu mundo interior!

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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Texto escrito para o site galeradeespinosa.com.br Acesse: http://www.galeradeespinosa.com.br/eduardo_vinicius.php

Assaltos a mão armada: as sensações que ficam são de tristeza e insegurança

“Hoje, as pessoas já se protegem com muralhas fortificadas por alarmes e cercas elétricas”

        Causou-me tristeza e insegurança a leitura da notícia acerca do assalto a casa lotérica de Espinosa, que ganhou repercussão na internet ainda na última semana. Acredito que a polícia e a população estão atônitas diante dessa situação. Os assaltos a mão armada crescem em ritmo descontrolado não apenas em cidades grandes, contudo no interior dos estados e, neste caso, nos sertões do Norte de Minas.
    São inúmeros os fatores que geram essa agressão cruel à sociedade. Todavia, aqui, merece ênfase o desemprego que atinge essas pessoas devido, sobretudo, a falta de qualificação exigida pelo mercado de trabalho, visto que a maioria são semi-analfabetas e vivem em lares desajustados, por conta disso desconhecem preceitos éticos e morais. Então, a agressão ao meio social (que inclui atos desonestos e violentos) serve como refúgio, um meio mais prático necessário à sobrevivência.
    Segundo estudo do Instituto Sangari, o aumento da violência no interior dos estados brasileiros é resultado da estagnação econômica das grandes capitais e de maiores investimentos feitos no setor de segurança pública desses locais, o que melhora a eficiência repressiva. Já os municípios de médio e pequeno porte são esquecidos pelo Governo Federal e Secretarias de Segurança Pública, isto é, faltam políticas específicas para combater o crescimento da criminalidade.
Neste país, não há projetos de lei em tramitação no senado (no momento) ou programas sociais relevantes que visam enfrentar o tráfico de drogas (pois isso pode ser apontado como uma das principais causas do aumento da violência nas pequenas cidades) e a criminalidade dele decorrente. Em 2011, um dos acontecimentos mais marcantes foi a ocupação da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, pelo Batalhão de Polícia de Choque. Ato planejado durante muito tempo e só depois desse aglomerado ter se tornado um dos mais perigosos do mundo. Pergunto-me: será essencial a formação de várias “Rocinhas” pelo Brasil para que providências imediatas sejam tomadas?
     Antigamente, nas cidades pequenas observava-se a preservação de certos hábitos e costumes que caracterizavam a grandeza do interior, mostravam como a tranqüilidade reina longe das grandes metrópoles, as casas não eram prisões, as crianças podiam brincar até mais tarde nas portas de suas casas, sem nenhum perigo. Essa época eu não vivi, mas pude vivenciar através da literatura nostálgica de Carlos Drummond de Andrade e Graciliano Ramos.
      Logo, arrombamentos de residências, caixas eletrônicos (como se verificou no Mercado Municipal de Espinosa, em setembro de 2011), assaltos a mão armada, furtos de veículos e outros da espécie atingem índices alarmantes na cidade. Hoje, as pessoas já se protegem com muralhas fortificadas por alarmes e cercas elétricas. Uma ação conjunta da Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Imprensa (emissoras de Rádio, jornal impresso e eletrônico) e, é claro, comunidade, ajudaria ainda mais na resolução dessas problemáticas, com solução prática e eficaz, como a verificada no assalto recente a lotérica de Espinosa. Já a extinção do desemprego só acontecerá quando perceberem que a base encontra-se na educação. Ao governo, cabe parte dos investimentos, mas o ser humano tem que ter, principalmente, consciência e perceber a importância do estudo para a conquista de um trabalho honesto e que não seja ilegal.

Texto escrito para o site galeradeespinosa.com.br Acesse: http://www.galeradeespinosa.com.br/eduardo_vinicius.php

Talentos contemporâneos em Espinosa: deve-se apoiar ou não?

“...eis que o preço do desenvolvimento é o aumento da violência”

          Espinosa ainda não é uma cidade polo em Minas, mas foi no passado muito importante no ciclo do algodão e, principalmente, está ganhando destaque no setor têxtil, nos últimos anos. Contudo, quando se percebe que essa cidade tornou-se, no Norte do Estado, também modelo em comemorações religiosas, como a festa de São Cristóvão, uma tradição com caráter pedagógico que contempla a preocupação com a violência no trânsito, sabe-se que, infelizmente, é pequena a participação de jovens na organização desse evento, que visa disseminar ideias culturais e artísticas.
         É sempre primordial valorizar e promover eventos que despertem nos jovens uma maior integração com as tradições antigas, sem perder as tendências da atualidade. Talvez seja esse o principal motivo de ser pequena a parcela da juventude que se envolva na festa citada, sem apenas o intuito de curtir a noite: a carência de “inovação”, do ponto de vista jovial. Os tempos mudam e, consequentemente, os modos de viver – a ética contemporânea deve, sempre, ser acompanhada. O jovem deve inserir na sociedade a sua visão de mundo, isto é, suas preferências, tais como: tipos de música, roupas e danças, o que se resume na formação das tribos urbanas que, por sinal, são apontadas como necessidade do século, pois promovem agregações e apresentam uma conformidade de pensamentos, hábitos e maneiras de se expressar.
         Dessa forma, a meu ver, surge a necessidade da população espinosense empenhar-se em participar e apoiar acontecimentos que tem como objetivo trazer à tona os novos talentos – desta década – e que mostrem a grande possibilidade de promover a heterogeneidade comportamental, sem perder a história, cultura e tradição do município. Ideal seria um teatro semanal formado pelos estudantes da cidade ou, quem sabe, um cinema comentado, onde eles poderão opinar sobre os filmes antigos, inserindo as filosofias que, agora, estão no ápice.
         Sim: auxiliar, prestigiar e contribuir para isso são atitudes humanas, é como dar uma chance a alguém de mostrar o que ele sabe fazer bem. A exemplo: a vocação do grande compositor, músico e violinista Mozart não surgiu do acaso. Seu pai era professor de música e desde cedo dedicou sua vida a educar o filho. Ainda criança, Mozart passava parte do dia na frente do piano. As primeiras peças que ele compôs não são obras-primas - pelo contrário, contêm muitas repetições e melodias que já existiam. Muitos críticos de música consideram que a primeira obra realmente genial que o austríaco escreveu foi um concerto de 1777, quando ele já estava 21 anos de idade. Ou seja, apesar de ter começado muito cedo, Mozart só montou algo digno de sua genialidade depois de 15 anos de treino. É visível que cada pessoa tem a capacidade inata de tornar-se excelente em alguma atividade, aprimorar-se e ser considerada um talento. Achar sua vocação – seja na dança ou na performance - depende, em parte, das oportunidades da vida e, também, da determinação pessoal, pois independente dos resultados não se deve acomodar, todavia continuar em busca de mais aprendizado.
       Portanto, talento é se sentir bem fazendo o que faz. Em Espinosa, existem muitos adolescentes necessitando de um “contexto” para se desenvolver, as sugestões que argumentei poderiam contribuir para o lazer da cidade, que acaba se tornando pacata nos fins de semana por falta de opções de distração. Isso pode, ainda, reduzir a criminalidade, a cidade está crescendo e, em breves tempos, o índice de homicídios e assaltos pode aumentar, eis que preço do desenvolvimento é o aumento da violência. Está exposto o motivo pelo qual é necessário socializar urgentemente essa geração.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ser livre, sem ser covarde, é tão simples assim?


        
"Viver um dia de cada vez
Sentir saudade e não ter medo de chorar
Um dia eu cheguei a pensar
Que sem alguém eu viveria mais feliz..." Tihuana

É, isto. O sentimento que estou sentindo neste momento, exato, no instante que escrevo este texto. Saudade.. Mas, de quê mesmo?
        De casa? Família? Amigos? Ou, metonimicamente falando, para ser mais claro, utilizando uma parte pelo todo, seria saudade da cidade que, até então, eu morava?
           Bom, são essas as principais incógnitas que estão me causando angústia, melancolia.    
       Sair de casa é algo que muitos jovens almejam, isto é, para nós, início da “liberdade” (simbolicamente), entre aspas, é claro, porque sou existencialista. Logo, acredito na tese de Jean Paul Sartre de que “liberdade consiste nas escolhas que fazemos” (podendo essas escolhas ter êxito, ou não). Porém, os adolescentes também têm essa concepção filosófica do vocábulo “liberdade”? Será? A meu ver, para ser objetivo e sucinto, a resposta mais simples é não, não. Nunca. Liberdade para uma parte da juventude é não ter que seguir as regras impostas pelos tutores, falo por experiência, conhecimento empírico o meu. Não precisou de professor de filosofia, ensino religioso ou sociologia me passar o conceito pronto e acabado, formulei, não é tese, é premissa, faça sua própria lógica aristotélica. Vejamos o motivo.
         Quando essa tão sonha liberdade chega, qual a nossa reação? Esta palavra que vou falar agora é a que Kant, um dos maiores filósofos da modernidade, utilizou para descrever o que os jovens carecem quando alcançam essa tal liberdade (no meu caso, a de sair de casa). Esclarecimento, é o que ele disse, essa é a palavra que ele usou para descrever a saída do homem de sua menoridade (não a de 18 anos, contudo a de maturidade). Enquanto “o homem” (em seu sentido genérico) permanece na menoridade, ele é incapaz de usufruir do seu próprio entendimento. Por que incapaz? Uma palavra tão forte? Mais forte ainda é resposta, simplesmente porque é cômodo para nós ter alguém que tome decisões e sofra as conseqüências desta em nosso lugar, não é verdade? Permanecer na área de conforto é bom, muito bom. 
      Recentemente, na cidade que atualmente resido, mais precisamente na Redação Jornalística que trabalho, nos deparamos com uma ligação de que tinha acontecido um assassinato num bairro X e que um garoto de 12 anos havia sido atingido com um espeto de madeira e veio a óbito. Ficar sentados não poderíamos, afinal, utilizando um jargão jornalístico aqui, caso ficássemos inertes a isso, estaríamos “sentando na notícia”, o que não pode, jamais. Fomos apurar o caso, de fato, como notícia é sempre algo surpreendente, essa não foi diferente, uma garota de 16 anos (minha idade, por sinal) que havia realizado o crime. Ah, e aí, ela pensou duas vezes ao cometer um ato assim? (Não entrando no lado psicológico). Muita coincidência se todo mundo pensar que ela pensou duas vezes, visto que se trata de uma menor, e numa cidade que não possui presídio para menores infratorAs. Incrível seria se ela tivesse parado e pensando no resultado que isso resultaria, né? Quem está respondendo processo judicial? Logicamente, os pais da garota (que são os responsáveis por ela). É, a vida, hein? Faz parte, já reza a nossa Constituição Federal... Na mesma semana, outro acontecimento, um pai ao tirar o carro da garagem atropelou o filho de 02 anos, que brincava atrás do veículo e ele não viu, a criança faleceu na hora. Consequentemente, o homem foi preso, não tendo a oportunidade prestar uma última homenagem ao filho, não tendo sequer o direito de ir ao sepultamento, está respondendo processo, e atrás das grades, para as leis ele tem mais de 18 anos, inocente ou não, deve cumprir pena. Trágico, é a sociedade que chegamos. São poucos aqueles que conseguem, pelo exercício do próprio espírito, libertar-se da menoridade.
         Confesso, no menor sentido da palavra “Menoridade”, nos profundos da semântica, eu acho que vou demorar um pouco ainda pra sair totalmente dela. É disso, então, que sinto (é cabível o gerundismo, sentindo, porque é algo que está se prolongando) saudade. Tudo pronto, na área de conforto, sem precisar de fazer algum esforço, há quem faça pra mim (frase comodista). É primordial que o indivíduo se livre disso, pois, acima de tudo, é uma atitude covarde. 
     A partir do momento que nos tornamos conscientes da força e inteligência para fundamentar a nossa própria maneira de agir, sem a doutrina ou tutela de outrem é que conseguimos nos livrar definitivamente da subordinação ao outro. Dependemos dos demais seres para viver, sempre, por isso temos que ter solidariedade em todos os contextos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Vestibulares, treinos, práticas...

E já se foi o tempo que futebol era coisa “para menino” e boneca “para menina”

Considerado o “sexo frágil”, as mulheres sempre ficam mais limitadas a certas atividades pelos pais desde pequenas. E, consequentemente, ficam sujeitas aos trabalhos domésticos.
       No entanto, pode-se falar que, atualmente, elas vêm assumindo seus papéis no mercado de trabalho. Pesquisas recentes apontam que, daqui a 30 anos, a gerência das grandes empresas ficará por conta do sexo feminino e, os homens, assumirão os afazeres de casa que, até então, eram reservados a elas.
            No primeiro Governo de Vargas, mais precisamente no ano de 1934, foi promulgada a Constituição Federal que assegurava o direito ao voto às mulheres. E, a partir desse momento, os movimentos feministas se intensificaram. É válido lembrar que isso veio para iniciar a quebra do velho tabu de que boneca é coisa “para menina” e futebol é “para menino”.
            Sabe-se, realmente, que há profissões exclusivamente masculinas, por exigirem algum esforço físico ou alguma outra característica desse sexo, da mesma forma é para o sexo oposto, elas se destacam mais na culinária, por exemplo. Apesar que, dados comprovam que os homens têm se tornado a maioria nas chefias de cozinhas de restaurantes, hotéis, resorts e em seus lares.
            Portanto, a mulher ainda é vítima de um preconceito vivenciado neste século. É notável as inúmeras conquistas que essa classe conseguiu. Cabe à sociedade, compreender a igualdade de gêneros e, assim, construir um ambiente mais “homoafetivo”.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Mais um treino pro ENEM ..

Massacres escolares são combatidos apenas dentro das Escolas?

Reza a história que, desde os tempos mais remotos, a educação é à base do processo de formação de cidadão éticos e socializáveis, sendo ela infalível.

Durante o século XX, percebeu-se que, gradativamente, ocorreu uma reviravolta no setor educativo. A exemplo tem-se a Alemanha, país esse que no decorrer do regime nazista instalado no seu Estado ainda nesses anos, conceituou que a Escola seria o “Espaço do Saber”, e que todos deveriam ter acesso a ela. Isso foi bem visto e, consequentemente, conseguiu uma boa aceitação. Entretanto, acontecimentos radicais têm transformado esse “Espaço do Saber” em, nada mais nada menos, que “Cenário de Tragédias”, cometidas por jovens, na maioria das vezes estudantes, ou até mesmo ex-estudantes.
Mas o que seriam essas tragédias?
No Brasil e no Mundo, observa-se a falta de segurança nos Colégios, surge então à necessidade de câmeras, detectores de metais e policiamentos naquelas. Essa seria as diretrizes básicas para combater massacres dessa natureza, que são atitudes violentas que algumas pessoas tomam com causas que, até então, são desconhecidas, podendo ser psicológica (Bulliyng), cultural, genética, entre outras. É triste quando é veiculado na mídia que em locais, onde a sociedade acredita ser o futuro da nação, acaba por ser palco de holocaustos (Ato que aconteceu na cidade do Realengo – RJ, recentemente, em que um ex-aluno adentrou uma Escola, na qual ele estudou muito tempo, e assassinou 12 estudantes).
Portanto, essencial seria a implantação de projetos que acompanhem o cotidiano dos estudantes, com orientação de psicólogos junto à equipe pedagógica da Escola, para que assim possa ser feita uma análise dos comportamentos das crianças e jovens, pois, dessa forma, junto à família, o corpo docente formaria indivíduos com uma boa conduta, independente do contexto em que ele vive, e incapaz de realizar crimes como esses. É primordial a substituição de medidas que tirem a privacidade dos estudantes por algumas de caráter extra-escolar. 

terça-feira, 3 de maio de 2011

O texto a seguir, escrevi para o blog "Espinosa é boa terra" acerca de uma realidade aqui do município de Espinosa

Espinosenses e animais "domésticos": Compartilhando o mesmo hábitat?

Observação: Gostaria de divulgar aqui o blog  "Espinosa é boa terra"http://espinosa-minasgerais.blogspot.com/. Vale a pena visitar, caros leitores, é um espaço com textos, imagens e relatos acerca da cidade de Espinosa.



        Espinosa poderia ser apenas mais uma cidade do norte de Minas, com situações e cidadãos comuns que dividem o mesmo espaço urbano. Entretanto, essa região vitimada pela seca e que, nos últimos anos, vem ganhando destaque no polo têxtil, tem se deparado com algumas ocasiões que acabam por tirar desse lugar o estereótipo de “município pacato”.

     Hoje, pela manhã, caminhando por algumas ruas desse município, percebi a existência de dezenas de inusitados animais soltos em vários locais da cidade, na maioria das vezes, cachorros.


      É bem verdade que criar um animal com uso responsável requer que eles sejam mantidos no espaço doméstico, para que assim se possa evitar a transmissão de várias doenças, tais como: raiva, leptospirose, leishmaniose, entre outras. Além disso, animais soltos na cidade comprometem o trânsito, com a possibilidade de sofrer um acidente por um automóvel e, não se pode descartar, que os pentelhos ou os mansinhos podem também acidentar pessoas. A exemplo, o acidente que ocorreu recentemente, na Avenida Minas Gerais, com uma criança que vinha da escola e foi perseguida por um cachorro, acarretando na queda daquela. Sabe-se também que os dejetos fecais causam sujeiras nas vias públicas.

        Reza o Artigo 1º da lei estadual nº. 11.531 que, “os possuidores ou proprietários de cães deverão mantê-los em condições adequadas de segurança que impossibilitem a evasão dos animais”. Com isso, fica visível que a irresponsabilidade é mesmo dos donos. Todavia, fundamento-me aqui naquele dito: “É o cão que paga o pato sempre”.

       Na visão da Senhora Maria Santana, moradora do bairro do Cigano há mais de 20 anos e proprietária de 03 cachorros tem-se que: “Criar um animal apenas dentro de casa, é tirar a liberdade do mesmo”. Particularmente, não acredito que seja assim. Contudo, quando o ser humano toma essa atitude, ele contribui para o zelo e organização da imagem social.

      Portanto, seria viável a castração do animal, a fim de evitar a procriação sem controle ou a superpopulação. Para isso, o ideal seria investir na criação de um centro de controle de zoonoses em Espinosa, ou mesmo um canil. Já que nem mesmo o sistema das carrocinhas se implantou aqui ainda, apesar de não ser um meio vantajoso, pois implica, na maioria das vezes, na sacrificação desses. Resta-nos, enquanto isso não ocorre, a formação de uma ONG que cuidaria dos animais e, nossa cidade mostraria que é possível que os animais domésticos e o homem possam viver de forma harmoniosa. Penso que já era hora de discutir essa problemática que abrange saúde, cidadania e segurança."


quarta-feira, 9 de março de 2011

Lembranças da Olimpíada de Língua Portuguesa 2010


O filme da vitória


Estava uma manhã fria naquele lugar que, até então, era estranho a minha visão. Transitavam ali muitos olhares e juntos a eles a admiração que, assim como eu, estavam por aquele lugar de uma arquitetura fantástica. Tudo ali era muito diferente para mim e, principalmente, o aspecto físico do local. Em um determinado momento, olhei para um banner e, nele, continha as seguintes palavras: “Olimpíada de Língua Portuguesa, Escrevendo o Futuro”. E, atrás de mim, ouvi a voz da minha professora exclamando: “Muito lindo esse Hotel Transamérica”.
Por um momento, ou melhor, por dois minutos, um filme com cenas de pensar e se repensar passou pela minha cabeça. Ele se iniciava em uma recordação minha, durante o mês de agosto, sentado na minha cama escrevendo um Artigo de opinião que havia sido solicitado pela professora Izabel Cristina para participar da Olimpíada. Em seguida a cena dela anunciando na sala que o meu texto havia sido escolhido como o melhor da escola, depois Ângela, a diretora, me comunicando que eu havia sido classificado na etapa estadual, a notícia da viagem, os preparativos e a realização dessa. E, agora, iria começar a última parte do filme, o Transamérica, eu estava ansioso para ver o final dessa história e não conseguia esconder essa tensão.
De repente assustei-me com uma monitora me guiando até uma mesa, onde eu deveria me apresentar e receber alguns materiais para início da minha estadia ali. Novamente orientado por um monitor, subi até o quarto 405, ali seria o quarto que eu ficaria hospedado. Ao abrir a porta não encontrei ninguém, apenas duas camas com o famoso lençol de mil fios egípcios, uma poltrona, uma escrivaninha, TV a cabos e mais outros móveis característicos de um hotel de luxo. Por alguns minutos senti-me solitário, deitei naquela cama, tentei ligar para casa e não conseguia. Liguei a televisão e assisti uma parte da novela que passava, numa cena trágica, de morte da Cláudia Raia na novela “7 Pecados”, não muito interessado nisso fui para a janela, dali podia avistar a grande metrópole que é São Paulo, dezenas de carros passando, uma indústria emitindo uma enorme quantidade de fumaça na atmosfera e, inúmeros edifícios, lembrei-me das aulas de geografia, tinha estudado tudo isso na teoria e estava podendo ver na prática. Se não bastasse, até para mim, que estava ali pela primeira vez, a hora voava, agora imagina para quem reside ali...
     Fui tomar banho, porque já era quase à hora do almoço. Saí apressado e já, no elevador, “reencontrei” a Maysa. É, a Maysa, aquela garota que conheci dias antes na comunidade da Olimpíada no orkut. Lá embaixo encontrei novamente a minha professora que já havia se enturmado com outros professores lá. Assim como eu, que naquela altura já havia visto o Júnior e o Léo que também havia conhecido do mesmo jeito da Maysa. Mais tarde na cerimônia de abertura vi também pessoalmente a Bianca e foi assim, nesses encontros e reencontros que fiz dezenas de amigos. A noite hora que voltei para o quarto, lá estava o Rapaz do Sergipe, agora, não sentia mais só naquele imenso quarto. Mas, as brincadeiras legais de UNO rolavam mesmo eram no quarto vizinho com o Lucas, Igor e Léo. Os dias se seguiram desta forma, repleto de surpresas e emoções nas oficinas, nos passeios, nas noites engraçadas ali no 402, na Lan House do Hotel, enfim, a todo momento surgia uma nova face de um novo lugar do Brasil que eu nem sonhava que existia. De norte a sul, leste a oeste surgia uma bela pessoa, com um lindo sotaque e uma emocionante história de vida.
       Confesso, eu não imaginava que eu era tão sentimental, mas a festa de despedida e a última manhã ali me mostrou esse meu lado. Hesitava em não chorar na hora que algum deles vinha até mim se despedir, era o último instante que eu ia ver aquela pessoa que durante 03 dias muito me ensinou a ver a vida com outros olhos, minha mente agora vislumbraria cultura e conhecimento. A internet está sendo para nós um meio de trocar ideias, mas não compartilhamos mais as mesmas emoções e descobertas que vivenciamos em São Paulo. Juntos conhecemos vários pontos daquela cidade, muitos tiveram a chance de realizar isso num grupo de novatos do interior que estavam encantados com a cidade grande, é isso que foi legal e fez da OLP tão eterna. Éramos um grupo com os mesmos ideais e objetivos. Quando entrei no avião para voltar para casa, ainda da janela avistei a última participante que conheci lá, a Ana Paula. Foi assim.... Vitorioso e ao mesmo tempo com muitas saudades que voltei para casa, após ter tido essa experiência de conviver com pessoas tão especiais e que nunca quero perder o contato. 











quarta-feira, 2 de março de 2011

Por que tudo é tão complexo? Por que a medida que envelhecemos essa complexidade aumenta?

 . . .

       Ser humano! Ah, ser humano. Essa sim, como uma vez a Filosofia conceituou, "é a espécie mais complexa que vive sobre a Terra". Mas, como aqui vou falar acerca desse tema, quero aprofundar no meu caso: Since 1994!
            Yes, é nessa tecla que quero bater, foi aí, nesse ano, que tudo começou. Ao certo meu nascimento foi nessas beiradas, faz um bocadinho de anos já e, o certo é, até hoje não sei quem eu sou. Se você, caro leitor, analisar as minhas redes sociais: orkut, facebook, twitter e até mesmo esse blog, irá ver que no espaço destinado a falar sobre o meu eu, para não deixar vago, só coloquei bons adjetivos. Aí surge uma das minhas dúvidas metódicas que me deixa tão complexo: Só tenho qualidades?
          Bom, como já relatei, faz uns 16 ou 17 anos que sou assim: questionador, pois penso que esse é o primeiro sinal de evolução... ou melhor, adaptação, visto que como já disse em outros textos aqui, evolução não mais existe, o que está evoluindo é só mesmo a violência, corrupção, drogas, fome, miséria e nós só estamos nos adaptando a tudo isso, como simples camaleões. Às vezes me pego filosofando, outra hora indagado o motivo que as coisas estão acontecendo dessa forma. Outro dia estava conversando com uns amigos e, aos poucos, fui me afastando do papo, quando dei por mim já estava me perguntando qual seria a solução para as desigualdades sociais?!!! 
        Pois bem, a minha primeira indagação foi querer saber o motivo por qual eu me chamo Eduardo e não nomes comuns como João e José. Isso quando ainda era pequeno (COMPL), de tanto perguntar isso, me deram umas simplória resposta: "Ora, Eduardo. Eduardo também é um nome comum". Isso foi o suficiente. Porém, foram dessas humildes dúvidas que surgiram as demais que me levou a ser considerado como um cara super complexo.
         Então, situando-me no tempo presente, estou vivendo uma das maiores incógnitas da minha vida e que atinge praticamente toda juventude. E aí, qual curso superior vou fazer? (Oh! vocação profissional ainda me mata).
          Toda criança já interioriza um sonho de faculdade quando entra na Escolinha.  Uns querem ser professor, outros policiais e a maioria, médicos. Comigo não veio a ser diferente, mas foi bem complexo.
          Veja:
  • COMPL: Quando criança, a minha complexidade estava só começando. Ainda era incompleta. Eu queria ser médico e também dá aulas em Escolas Públicas e, nas horas vagas, zelar pela segurança pública, isto é, ser policial! Aí, enquanto a maioria querem apenas um desses, eu desejava os três!


  • COMPLE: Aumentou mais um pouquinho a complexidade. Ensino Fundamental todo se passou e eu, com uma grande certeza dentro de mim, iria ser um grande médico Ortopedista e Oncologista.


  • COMPLEX: Putz! Cheguei no Ensino Médio. 2009, lá estava eu, no 1º ano e, estava firme que em breves tempos seria um estudante de Direito.


  • COMPLEXO: A partir do ano passado tudo piorou, com a proximidade da minha conclusão de Ensino Médio, passou pela minha mente ser Psicólogo e Agrônomo. Já no final do ano passado com a minha participação na Olimpíada de Língua Portuguesa pensei em fazer Comunicação Social -  Jornalismo, porém como não é mais um curso viável, já nesse ano estou firme que vou fazer Ciências Sociais - Antropologia.  

        A verdade é que a medida que o fim do ano chega, hora de enfrentar as provas, eu fico mais aflito, mais "complexado" e angustiado. 

       É, Eduardo, e aí, o que você vai fazer? Resolva logo, antes que entre mais cursos na sua cabeça!!!
        

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Reflexão... Esse texto, escrevi como forma de expor todo o meu desejo de MUDAR O MUNDO! Assistam o vídeo e leiam o texto. Faço aqui um apelo por parte de cada visitante que se sensibilizem e entrem nessa causa também.

           Será que estamos mesmo evoluindo?



                       Relacionar-se bem do ponto de vista social em um país que se encontra em total desordem é tão importante como fabricar uma peça e apresentá-la ao mercado, isso é fato. 
                É impactante quando se vê pela Televisão, pela janela do ônibus em cidades grandes ou até mesmo na porta da sua casa, crianças que pedem dinheiro para comprarem o básico para a alimentação. É triste também quando se percebe o desperdício de alimentos em estabelecimentos como restaurantes, hotéis, lanchonetes.
                  Tantas pessoas que gastam absurdos em bobeiras, ao invés de ajudarem essas pobres crianças necessitadas. Elas precisam de uma vida digna, mesmo sem saber como é ser criança realmente, muitos ainda não conhecem um brinquedo e nem um lar. 
               Há aqueles que se conceituam "cidadãos", entretanto se mostram indiferentes as problemáticas desses pobres humanos. Isso mesmo, pobres humanos, mas que continuam sendo como todos nós, com direito de ir e vir, de sorrir, de aprender, de ensinar, de viver bem, de acordo garante-nos a Constituição de 1988, pois o vigésimo quinto Artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos reza justamente isso. 
            Agora, nos perguntamos, a sociedade evolui? Nas últimas décadas, temos mais tecnologia, temos armas mais potentes, temos mais tragédias, temos mais ganância e incredulidade, além disso somos ricos em desigualdades sociais. Logo, evoluímos muito. E a educação, a pobreza, drogas, violência só decresce. Pois bem, no momento que afirmo "evoluímos muito" é mais que um ironia, porque isso não é evolução, é o meio que o homem arrumou para adaptar-se ao mundo. Assim como um camaleão,  o ser humano também busca uma forma de se tornar apto ao ambiente. O comportamento humano é cada vez mais influenciado pelo sistema capitalista, tudo isso resultado da separação política do mundo e das divergências entre países.
              Enfim, é preciso a elaboração de projetos sociais e culturais, com razoabilidade ética e compromisso social, isso por parte do Governo Federal. Já nós, as ações a serem tomadas, é passar os nossos conhecimentos adiante e fazer a exclusão social se tornar inclusão social e nos sensibilizar e lutar por uma distribuição de renda mais justa, é somente o que nos resta!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Reflexão acerca dos problemas ambientais...

Água, consumo consciente.

         Já entardecia quando seu Mário resolveu ir na fazenda com a família. Era domingo, estava muito calor e ele morava numa cidadezinha no interior do Piauí, mas também tinha uma propriedade na zona rural, um pouco afastada dali. Já era aposentado e casado com Dona Antônia há mais de quarenta anos, com quem teve duas filhas, era proprietário de uma indústria de fabricação e comércio de tecidos, que gastava uma enorme quantidade de água por metros de tecidos. Foi dessa maneira, sem nenhuma consciência ecológica e ganancioso que seu Mário tornou-se um dos homens mais poderosos do Piauí, tinha muitas fazendas e imóveis, logo quando recebeu a indústria de herança de seu pai, tratou de ampliá-la no espaço físico e produtivo.
               Durante toda sua vida residiu no sul do Brasil, no Estado de Santa Catarina, um lugar frio, onde ele presenciou muitas cheias. Nunca sentiu a falta d'água e não acreditava que um dia isso pudesse acontecer. Para ele, toda água poderia ser utilizada para o consumo humano, logo ¾ do planeta era disso. E era do sul que ele comandava todos os negócios, com o passar dos tempos, surgiu a necessidade dele acompanhar de perto o setor financeiro e teve que se mudar para o nordeste.
             Bom, naquela mesma tarde todos da casa se ajeitaram e foram para roça, no caminho uma seca profunda, uma imensa área desmatada. Seu Mário, a esposa e os netos levaram roupas de banho e iam eufóricos, afinal no terreno havia um riacho exclusivo deles. Porém, ao chegarem presenciaram um impacto profundo, já fazia alguns meses que eles não iam lá e ao verem a situação que estava a pequena fonte, foi um segundo de reflexão e  um choque para seu Mário, já não havia quase água, o que antes era lazer para a família, agora não representava praticamente mais nada. 
         Em meados do século XX, O Brasil vivenciou momentos conflitantes na história. Em 1954, Getúlio Vargas se suicida e deixava na sua carta-testamento: “Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História." (Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas). No ano de 1964 instala-se a ditadura militar no Brasil. A tão sonhada Constituição Brasileira é promulgada em 1988 e por fim em 1990, os brasileiros escolhem Fernando Collor de Melo para presidente do Brasil, sendo um dos piores e que aprofundou ainda mais recessão econômica que os povo vinha enfrentado. Nossa! Analisando assim, percebe-se que o Brasil foi realmente marcado por acontecimentos que ficam para sempre. Tudo aquilo promoveu tumultuadas revoltas. Entretanto, o pior de tudo já estava acontecendo e ninguém via. 
        A TMG, referida indústria e que se tornou uma das maiores da América latina vivenciou todos esses momentos destruindo os recursos hídricos. Foram bilhões e bilhões de litros de água desperdiçados, visto que essa é uma fonte não-renovável. E, enquanto as pessoas estavam se envolvendo com essa trajetória que também teve suas consequências, a geração do século XXI sofre com a carência de água, tudo isso resultado de dezenas de seus Mários um tanto desentendidas de ecologia que existem e por aí destroem aquíferos, rios, lagos e mares. Alimentam seus bolsos, mas não a sede de muitas pessoas. Mas o que se pode fazer, né? Se o ser humano, como ser mais complexo, só aprende a lição quando sente-a na pele.
O vídeo acima dá uma ideia de como nossos sofrimentos não são nada se comparado aos que realmente sofrem profundamente devido ao ciclo das secas, tais como as condições sub-humanas de vida, os contrastes sociais, a indústria da seca, o descaso das instituições públicas, ou seja, tudo aquilo que dinamiza ainda mais o sofrimento humano, desigualdade, falta de água, a ganância, a exploração, a injustiça, a má distribuição de renda, a falta do senso humano nas ações de nossas vidas. Tradução da música de Alanis Morissette - Offer. Quem sou eu para ficar triste depois desta!?

domingo, 23 de janeiro de 2011

Conto escrito com o objetivo de ilustrar o quanto as pessoas vêm cada vez mais escravizando-se ao trabalho.

       
 Alienados ao nosso próprio ser...



          Assim que bateu o último sinal, saí apressadamente do Colégio. Era início de mês e as ruas da capital estavam lotadas. O clima era frio, característico do inverno na região. Os transeuntes congestionavam a avenida Cristiano Machado em todos os seus acessos. Eu caminhava atentamente por ela,  próximo a praça São Vicente, mas quando cheguei na altura de um botequim parei para observá-lo. Por poucos instantes que fixei nele, perdi a atenção e quase fui atropelado por uma moto.
         Senti curiosidade em entrar lá dentro, algo me atraía, não sei,  talvez a estrutura física do local, com portas arrombadas e marcas de tiros, como se estivesse acontecido alguma briga, assalto ou coisas dessa natureza. Encostei na entrada e, de lá, pude avistar um homem magro, aparentava ter seus 25 anos e que estava muito suado. Sentei em uma cadeira próximo ao balcão que por sinal estava muito sujo e pedi um refrigerante. Ele pegou e enquanto eu bebia, me perguntou se eu estava com certo temor ali dentro, pois era notável no meu olhar. Respondi que sim e o interroguei um pouco acerca de quem ele era.
         Resumidamente, ele foi me falando que trabalhava ali não por opção, porém porque era obrigado, pai de dois filhos, casou ainda cedo e morava em uma periferia bem distante dali, ia e vinha todos os dias, era muito corrido para ele, saia ainda escuro e só voltava lá pelas oito da noite.
         Ainda confuso, não entendia como alguém poderia está tão suado em um dia tão frio, quase todo mundo estava de casacos e bem vestidos afim de se protegerem de um resfriado. Entretanto, segui refletindo sobre isso até chegar na Estação Minas Shopping, onde desço e pego um ônibus até o bairro que moro.
        Por 02 anos seguidos, fazia parte do meu cotidiano passar em frente aquele bar e verificar naquele homem a mesma feição, suada. Nesse mesmo ano me formei, por ser de família humilde, iria já começar a trabalhar para cursar um Ensino Superior.
        Certo dia, subi o morro em busca de tranquilidade para ler um livro, contudo poucos minutos depois fui interrompido por meu irmão caçula dizendo que meu pai estava a me chamar. Sem demoras, fui. Ao chegar, ele me surpreendeu com a notícia de que a partir do próximo dia, eu iria trabalhar numa loja em pleno centro de Belo Horizonte. Logo, hesitei em não ir, era muito longe, iria fazer uma viagem todos os dias, porém quando pensei bem, vi que trabalhar em uma loja no centro era um bom serviço. Entusiasmado, no outro dia, levantei de madrugada, muito frio, vesti a minha jaqueta, calça jeans, tênis all star e ainda com frio fui. Tive que pegar o metrô, um coletivo e ainda caminhar um bom pedaço até chegar nas proximidades do centro.
         Estava nevoando quando me aproximei da loja, mas antes olhei-me numa vidraça e percebi no meu rosto um suor exacerbado, parecido com o daquele homem que por anos eu não entendia o motivo. Foi só aí que cheguei a resposta que tantos anos me indagou, que não é só o calor que nos faz transpirar, mas também o esforço para cumprir nossas tarefas. Imaginei-me no lugar daquele sofrido ser, que por tempos se escravizou naquilo, sem saída, pois havia filhos e esposa a sua espera quando já bem a noite ele chegasse em casa. E que agora era chegado a minha vez...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O ofício de argumentar nada mais é do que a capacidade de expor aquilo que você pensa, sem receios. Recentemente, escrevi o texto abaixo nesses padrões: Artigo de Opinião, Gênero argumentativo...

E aí, será mesmo uma catástrofe natural?


       Muitas pessoas iniciaram o ano de 2011 com a promessa de vida nova, como sendo tempo de recomeçar, isto é, recuperar os tempos perdidos, aproveitando ao máximo as oportunidades que a vida oferece, através de metas estabelecidas nessa ocasião. E, para os brasileiros, um grande acontecimento marcou a história política no dia 1º de janeiro, a posse da 1ª mulher como presidente dessa nação, Dilma Rousseff.
            Entretanto, também foi notável o tamanho do desespero dos sobreviventes das chuvas que todos os anos, nesse período, acontecem em Estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e outros. Porém, nesse momento, é primordial dá ênfase nas enchentes do Rio de Janeiro, em que parte da população que sobreviveu às intensas chuvas que não davam trégua por muitos dias consecutivos, começou o ano em total desespero.
            Frequentemente os jornais noticiam acerca do caso: “Faltam luz, água e comida nesses locais atingidos por uma das maiores catástrofes naturais das últimas décadas.” Sabemos que nesses lugares há uma grande quantidade de desalojados e desabrigados. A exemplo, é válido destaque o município de Petrópolis, região serrana do Rio, que possui cerca de 3.600 pessoas sem alojamentos.
            A explicação utilizada pelo Governo do Estado desde quando essas fortes chuvas se tornaram “comuns” nessa época, é que a causa de tudo isso é o aquecimento global junto ao efeito estufa. E que isso é mais uma manifestação de como o Planeta está reagindo à ação antrópica do homem.
            Penso diferente dos estudiosos dessa tragédia. Apesar de que concordo plenamente que o ser humano está degradando o meio ambiente em ritmo cada vez mais acelerado. Não acho que o principal motivo desse desastre seja esse, todavia a irresponsabilidade das pessoas que constroem suas residências nessas áreas de risco e também do Governo que não monitora o padrão de ocupação do solo e urbanização. Sendo assim, seriam menores as tragédias se houvessem a responsabilidade de se criar um controle territorial maior.
            Há quem discorde de mim, afirmam que quem mora nesses locais são justamente os que não têm condições do construírem suas casas em outros pontos dos seus municípios. Mas, se essas enchentes já vêm ocorrendo há muitos anos e o Governo não toma providências, o morador deve ter iniciativa, caso não queira ver sua tão sonhada moradia, seus familiares ou até mesmo a sua própria vida, sendo soterrados. Só nas duas semanas de 2011 já tivemos mais de 670 pessoas mortas por causa das chuvas e deslizamentos de terra no Estado carioca.
            A realidade é que a principal preocupação dos governantes na urgência de  reconstruir o Estado não é nem tanto para dá amparo aos pobres e miseráveis que povoam toda essa precariedade, mas sim para sediar a Copa - 2014 e mostrar ao mundo uma imagem do Brasil que nós, brasileiros, infelizmente não vemos mais, pois toda essa sujeira e corrupção vêm cobrindo-a, é triste essa situação. A cidade de Teresópolis é de um potencial turístico indescritível, no entanto está totalmente destruída, o que aponta falhas na sua infra-estrutura.
           Enfim, o Governo do Rio anunciou essa semana algumas medidas para essa situação: A criação, em um prazo de 12 meses, de uma cadastro nacional de áreas de risco e pretende convencer a Fundação GEO-RIO a criar um órgão nacional, nos moldes do instituto municipal, para elaboração de planos emergenciais e de longo prazo para a proteção das encostas. Contudo, enquanto essas prevenções não são executadas, porquanto desde os anos 80 esse planejamento está no papel, o aconselhável é que as populações em geral conscientizem-se de que "prevenir é sempre o melhor remédio". Logo, evitará assim um flagelo humano que não é gerado por uma catástrofe concretizada naturalmente e sim por falta de responsabilidade.

Imagens da situação em que se encontra o Rio de Janeiro

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Literatura, a Arte da palavra! Segue abaixo recordações notálgicas de versos inesquecíveis...


Infância, Carlos Drummond de Andrade

Enquanto muitos não esquecem do primeiro dia de aula, dos primeiros amigos, do primeiro namoro, alguns até das primeiras palavras....

         Comigo não é diferente, porém de algo distinto, algo que não me falha na memória nunca, a minha primeira poesia lida e recitada, que foi um poema que marcou a minha vida, porquanto foi os primeiros versos que decorei para uma apresentação na Escola, ainda criança. Recordo que eu era aluno da 2ª série e estudava muito, as vezes deixaxa de assitir os desenhos animados, que passavam na TV de manhã, o que é comum a todos dessa idade, para poder estudar para as simples provinhas que fazíamos a tarde. Era pequeno, tinha meus 7 ou 8 anos e já era muito focado nos estudos, pois desde que ganhei uma medalhinha de ouro na 1ª série por ter feito a melhor produção textual da Escola me sentia entusiasmado e uma vontade imensa de estudar e ser o 1º aluno da classe. Fico emocionado ao lembrar que desde pequenininho já tinha o desejo de participar de tudo que aparecia, adorava escrever e no ano de 2002 quando li meu primeiro livro, "Pluft, o fantasminha", não parei mais, sentia uma grande atração por livros. 
       Quando li o livro "A casa da madrinha", ainda tenho na memória nitidamente que levantei as cinco da manhã para terminá-lo, para logo cedo poder pegar outro, "O mágico de Oz"... e foi assim que alimentei esse "vício" de ler cada dia mais...
       Na Escola eu era muito comunicativo, todas as minhas descobertas dentro do mundo da imaginação eram expostas para meus colegas... A tia, como assim chamava a professora Adorani, sempre abria espaço para eu ter a chance de contar as minhas experiências. 
      Como todo Colégio comemora as datas cívicas ou outros eventos, no que estudava não era diferente e nesses meses se aproximava a festa de Halloween, como regra da escola toda sala tinha que um aluno para fazer alguma apresentação, que seja dança, teatro, recital ou qualquer outra forma dinâmica. Logo, não deu outra, a minha professora me escolheu para representar o grande e ilustríssimo, Carlos Drummond de Andrade. Ainda não sabia nada sobre ele, mas fique contente e muito animado, recebi a poesia "Infância", escolhida pela coordenação pedagógica por ser ideal a minha faixa etária. 
      Cheguei em casa eufórico aquele dia, contei a minha irmã e fui para o quarto, onde fiquei horas e horas lendo e relendo os versos magnifícos dele, não tive dificuldades, no primeiro ensaio já não havia erros. A pedagoga responsável pela turma,  falou comigo que ela apostava que eu seria a estrela da noite. 
      No dia do evento, fui com minha irmã e meu cunhado, vestido de terno e com um óculos,  característico do autor. Eu tremia muito, vendo toda aquelas pessoas que me assistiriam, os representantes do poder político da cidade e os pais dos alunos faziam-se presentes, somente um ou dois colegas meus estavam lá. Eu iria apresentar sozinho, dramatizando o poeta escrevendo a poesia e, ao redigir as linhas e entrelinhas do poema, com total emotividade , eu  o declamaria. 
      De repente, quando já estava atrás do palco ouvi a apresentadora do evento, a minha ex-professora Eugênia, anunciando o meu nome, não me recordo ao certo se ela fez algum comentário, afinal já se passaram 09 anos. Bom, firme subi as escadas, peguei o microfone, me posicionei e senti uma grande alegria e orgulho de mim mesmo. Recitei, foram poucos minutos, mas o suficiente para que eu me tornasse fã do Drummond e futuramente um leitor assíduo das suas obras...
     Mas vale ressaltar que a minha preferida é "Infância" e, sem dúvidas não poderia deixar de postá-la aqui... Aí segue o vídeo em que ele a declama . Vale a pena assistir!


domingo, 16 de janeiro de 2011

Exposição de um trabalho sobre o Estilo de Época: Romantismo, realizado pelos alunos Eduardo, Camila, SIlvio, Gildete, Stanley e Deibyane, sob orientação da professora Izabel Cristina.

Os saudosistas poetas do Ultra-Romantismo...

         Em meados do século XIX, introduziu-se no Brasil um movimento literário diferente daquele que até então conceituava o estilo dos poetas brasileiros daquela época, o Arcadismo. O período que estou falando veio a ser denominado Romantismo e já era característico de Portugal.
        Os poetas dessa fase tem uma visão global centrada em cada indivíduo. 
        O Romantismo pode ser dividido em 03 fases:
  • 1ª fase: Nacionalista - Principais autores: Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães.
  • 2ª fase: Ultra-Romantismo - Principais autores: Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu.
  • 3ª fase: Condoreirismo - Principais autores: Castro Alves e Sousândrade.
       Bom, mas não vou entrar em detalhes com todas as gerações, apenas a 2ª que foi o tema do nosso trabalho.
       
       O Ultra-romantismo foi caracterizada por autores totalmente desinteressados da vida político-social da época. Eram homens que viviam de amores impossíveis, o que gerava tédio e uma espera pela morte fora do comum. A maioria deles morreram cedo. Seu grande inspirador foi um português, o Lord Byron, exemplo de homem boêmio e amante da vida noturna.
      Os principais temas abordados nessa geração são: Egocentrismo, sentimentalismo exagerado, morte, tristeza, melancolia, solidão, satanismo, atração pelo macabro, subjetivismo e idealização da mulher amada.
     
     E para representar tudo isso de forma dinâmica, não tínhamos outra opção a não ser produzir um vídeo, tendo como cenário o cemitério, é isso mesmo, um cemitério... No início tivemos alguns temores e, há aquelas pessoas desentendidas da literatura  que não compreenderam o motivo e chegaram a dizer que o nosso objetivo ao ir lá por algumas horas era realizar alguma prática ligada a feitiçaria, todavia sabe-se que não foi, todos os integrantes do grupo são religosos e sabem que fazer uma filmagem lá dentro não ia interferir e nem atrapalhar nada, visto que é uma ambiente comum, isso ao meu ver. Como todo trabalho requer coerência ao tema, lá seria o lugar ideal, visto que os poetas iam aos cemitérios como forma de aliviar o sofrimento e a Saudade da mulher amada, mesmo após a morte. E além do mais, é um lugar como todos os outros, "a morte é algo que todos nós vamos passar um dia," era isso que dizíamos a quem nos perguntávamos o que fomos fazer lá com roupas escuras.
    No dia da apresentação ocorreu tudo tranquilo, explicamos o tema e apresentamos o nosso vídeo já editado com as poesias recitadas perto dos túmulos para representar como eram escritas essas poesias que são lidas por muitas pessoas, tais como "Pálida a luz" e a "Lira dos 20 anos" do Álvares de Azevedo. Causou um impacto na turma e também na Professora, que manifestou satisfação em relação ano nosso trabalho, o que veio a ser confirmado pela nota.



Foram poetas Nostálgicos e importantíssimos na história da Literatura.