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"Eu costumo dizer que o maior prêmio de um escritor é um bom leitor. É para o leitor que um autor escreve. Um leitor que entende, qualquer que seja sua idade, é um presente. Para mim, o importante é que meu leitor se aproxime do que escrevo". Ana Maria Machado
É por vocês, leitores, que meu desejo de escrever se torna mais sólido, mais firme, é por isso que dedico meus fins de semanas e horas vagas relatando as minhas experiências, emoções e, até mesmo, revoltas. Enfim, compartilhando o melhor de mim com vocês, o meu mundo interior!

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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A hora do Conto:

"Infância passa, modernidade aumenta!"


Escrevi esse conto baseado no livro: "Dibs, em busca de si mesmo", da Virginia M. Axline. Apenas o personagem Dibs faz parte do livro, uma história real, os outros foram criados por mim, para que o conto tenha um caráter ficcional.



      Há não muito tempo atrás, numa época em que ainda não existia a Televisão, residia no nordeste dos Estados Unidos, mais precisamente na cidade de Nova York, o pequeno Dibs. Sabe-se que ele era uma criança diferente das demais, Dibs não brincava na rua com os amigos, o que era muito comum naquele período, melhor, ele não tinha amigos, não se enturmava no Colégio e, em alguns momentos na Escola, Dibs demonstrava indícios de retardamento mental, já em outras ocasiões mostrava uma inteligência especial. Sua reação com a família era surpreendente, ele não tinha diálogo com os pais e no fim da aula não queria ir embora para casa, isto é, tinha receio de sua própria família.
     Muitos anos depois, numa época bem diferente, porém na mesma cidade, viveu o garoto Bill, este já presenciou a Revolução Tecnológica, era apaixonado por Computadores e tudo que estivesse ligado a tecnologia, todavia se assemelhava a Dibs, porque Bill tinha muitos amigos, porém ele os deixava de lado para ficar na internet, assistir filmes ou jogar vídeo game. Os pais de Bill o aconselhavam e levavam-o ao psicólogo frequentemente, além de contar sempre a ele como foi a infância deles, marcada pelas brincadeiras como batata quente, escravos de Jó, roda-roda, amarelinha, férias na roça, não em clubes. Tempo em que as crianças se reuniam no entardecer e contavam historinhas, cantavam as cantigas... Tempos bons eram esses.
     Certa vez, vendo a situação em que o filho se encontrava, a mãe de Bill, o chamou e começou a contar uma história real de uma colega dela de colégio, que também não tinha amizade com criança alguma, relatou que ele tinha reações diferentes que assustavam os professores e os pais também. Uma vez ele chegou a agredir a professora por ela pedir a ele que fosse almoçar, visto que já estava passando da hora dele ir. Após essa ação, o corpo docente da Escola resolveu procurar um psicólogo e os pais do menino aceitaram. Nas primeiras seções houve resistência por parte da criança, mas aos poucos ele foi contando que seus pais o rejeitavam, porque seu nascimento interferiu na vida profissional da sua mãe e aquilo o marcara, ele não queria mais brincar, nem conversar com os colegas e muito menos com seus pais.
     A psicóloga sabia que aquilo era causado pela falta de brincadeiras que o distraissem e tirassem da cabeça dele aquele trauma ou qualquer outro. Aquela história despertou a curiosidade de Bill em saber mais quem era essa criança e qual foi o futuro dela. A mãe contou que depois de muito tempo com acompanhamento e terapia com brinquedos, a Ludoterapia, a pequena criança começou a fazer as atividades em grupo, começou a se interessar por fazer amizades, viver em grupo e interagir com os pais. 
     E por fim, a mãe de Bill, revelou que essa criança era o Doutor Dibs, o Psicólogo de Bill. Este ficou surpreso, refletiu mais sobre a necessidade de "ser criança" e passou a mostrar seu lado interativo antes oculto. Com o tempo, Bill deixou um pouco de lado a virtualidade e aproveitava mais a sua infância, ele reconheceu que aquilo era uma fase única e que futuramente ia deixar Saudades, percebeu que brinquedos não são apenas bobeiras das crianças, é terapia. Precisa-se de infância e como dizia Casimiro de Abreu – poeta Ultra-romântico - em Nostalgia: 
"Oh que saudades que tenho
           Da aurora da minha vida,
           
           Da minha infância querida
         
           Que os anos não trazem mais."



3 comentários:

  1. Bravo!Bravo! Muito bom o seu conto. Nostalgia é sempre referência para bons textos, pois possui a capacidade de "tocar" aqueles que porventura os apreciem... Quanto ao enredo, fez-me lembrar um conto que há tempos trago comigo, podendo ser apreciado no link: http://www.portaldafamilia.org/artigos/texto119.shtml .
    Aguardo novas postagens.

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  2. Leitura agradável e simples, é disso que eu gosto! Parabéns Eduardo.

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  3. Obrigado, Edilson!
    É verdade, a minha inspiração ultimamente tem sido sobre Nostalgia, um tema que produz profunda reflexão acerca do passado!! Acho isso interessante...

    Obrigado, Bianca!
    Procuro usar um vocabulário mais simples, para que todos possam ter uma leitura acessível. Fico contente em saber que lhe agrada, também adoro o seu blog!

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